Vou estar submerso nos próximos tempos só fazendo tenção de vir à tona para o ocasional mojito e virar uma ou outra página dos livros que há muito clamam por conclusão. Sem esferas, sem correios, sem cantigas ou imagens na cabeça. Para debaixo das ondas levo um só mantra, lábios flamejantes que incitam à pura perda de tempo.
domingo, 25 de julho de 2010
sexta-feira, 23 de julho de 2010
É já amanhã
E dizem que se vão oferecer discos como se não houvesse amanhã. Pelo sim pelo não, eu, no vosso lugar, dava lá um pulinho. Ainda aquilo acaba por valer a pena...
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Fantasma por fantasma (polaco)
Mais que um filme do Polanski sobre um escritor fantasma eu queria era ver um filme do Skolimowski sobre um leitor fantasma.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Nova realeza
O Fachada é o novo rei do estéreo em casa (talento a rodos brilha naquela fronte), mas no exterior a estória é outra. Com isto nos ouvidos, não há contagem de montanha na Graça que não seja ultrapassada com mais frescura do que um ciclista dopado. Do grande disco que é King of the Beach, o novo dos Wavves. Um disco de diagnóstico fácil: a mesma base panque, os mesmos coros omnipresentes, perde-se no fuzz mas ganha-se outra diversidade nos arranjos e acima de tudo, melhores canções. E se esta Post Acid não vos acelerar, é melhor irem à farmácia mais próxima tentar furar por entre os velhinhos residentes para verem dessa pressão arterial.
terça-feira, 20 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Não ao pântano
Vi finalmente Yi-Yi, um belíssimo filme de Edward Yang, cujo dvd há já uns bons anos que andava aos pontapés cá por casa. Finalmente compreendo a melancolia orçamental de António Guterres: a vida é para viver, não é para andar a fazer contas.
domingo, 18 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
Também é como o ketchup (mas não por vir todo ao mesmo tempo)
Não precisam de acreditar em mim, ouçam o meu amigo Richard Hell com os seus Voidoids. Estes sim, nunca se enganavam e raramente tinham dúvidas, até porque não davam a si próprios tempo suficiente para respirar, para os silêncios onde a dúvida gosta de se instalar. Love Comes in Spurts, no doubt (por vezes também vem com spurs, mas isso são outras caubóiadas). O difícil é estar sempre atento e ser dono de reflexos apurados o suficiente para evitar as nódoas.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Comunicado
Ontem à noite no Bacalhoeiro tive o meu primeiro taste da paternidade. O petiz saiu-me cantor e de barba rija. A mãe é do norte e ainda não tivemos oportunidade de nos conhecermos, razão pela qual prefere manter o anonimato. A guarda do fedelho ainda está a ser discutida. Respeitem a minha privacidade e a da criança.
P.S.- Se for possível alguém espetar com isto no facebook ficava muito agradecido.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Matemática aplicada
Rusty: How can you tell if someone is crazy?
Benny: Can't always... Depends on how many think he's crazy.
em Rumble Fish, argumento de S.E.Hinton e Francis Ford Coppola, a partir da obra homónima de S.E.Hinton
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Rusty James
Ou a diferença entre Coppola e Godard. Com Godard, quando Rusty James acordasse e reparasse que já estava atrasado para o rendez-vous de punhos com Biff, teria tirado o tempo para fazer amor novamente com Patty antes de se fazer à vida.
terça-feira, 13 de julho de 2010
De bem
Menina de bem, só três vezes à rua vem
Já te baptizaste, que te mandou também casares?
Agora só te resta pelo fim esperares
Menina, ficou-te aquém
segunda-feira, 12 de julho de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
sábado, 10 de julho de 2010
Insanely Groovy
Revejo Barbarella e continuo confuso. Não sei se é ao filme que se desculpa tudo, as piadas de mau-gosto, os velhos excitados com peitos à Tony Ramos, e até o facto de ser a principal fonte de inspiração para o mundo do drag-queenismo. Ou se é à Jane Fonda. Hard to tell.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Virar a página II (ao ocaso)
"Sometimes the sky's too bright,
Or has too many clouds or birds,
And far away's too sharp a sun
To nourish thinking of him."
Or has too many clouds or birds,
And far away's too sharp a sun
To nourish thinking of him."
em Sometimes The Sky's Too Bright, de Dylan Thomas
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Virar a página
Quase tudo tem sido canções nos últimos tempos: a gravar, a ensaiar, a ver ao vivo, a filmar, a sacar, a tocar só por tocar. E os livros, com as suas lombadas contristadas e páginas descuradas, lentamente caindo nas garras do pó. É nestas alturas de transição, em que é preciso deixar as cantigas arrefecerem (mas muito subtilmente, que elas podem ser umas verdadeiras drama queens se se sentirem traídas), em que é preciso (voltar a) virar a página, que mais me lembro de Dylan Thomas, porque a obra que nos deixou, por mais voltas que se dê, é tanto um poema como uma canção.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Ladrão que rouba canção, tem cem anos de perdão
Dá pelo nome de C de Croché e Filipe da Graça Roubam!!! e é um duplo-single com sabor a baixa-fidelidade. Na verdade, não passa do culminar da aprendizagem de como conjugar o verbo ducktailzar, muito em voga cá por estes lados nos últimos tempos.
Filipe da Graça surripiou uma sua favorita do início do milénio, Apple Blossom, aos The White Stripes e eu pedi emprestada Preciso Urgentemente Encontrar Um Amigo, a'Os Mutantes, onde espalha charme a voz da Maçã de Prata (sendo portanto cúmplice no golpe, o que poderá revelar-se extremamente útil quando chegar a coima). Cada uma das canções está disponível na respectiva casa, ou seja, aqui e aqui. E também ali já ao lado, em "baixa aqui", prontíssimo a sacar.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Doesn't get much better than this, essa cena da música
Partindo do princípio que os meus vizinhos não passavam de corpos dilatados revirando-se nos seus colchões, impotentes perante tão fogosas noites, decidi abrir as janelas para todos juntos desfrutarmos desta lição de vida: Jumping Fences, dos Olivia Tremor Control. Não é necessário capricharem na simpatia quando nos cruzarmos nas escadas. Como agradecimento, basta-me que não andem por aí a pular a cerca.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
O cinema da classe média
Tiago Guillul fez-se à estrada na companhia do seu fiel escudeiro, Bruno Morgado. O destino: as dunas arenosas do sotavento algarvio. O objectivo: encontrar a "sua" Praia Verde, mítico retiro de férias da classe média que por lá terá existido nos idos de oitenta. Apanhados de surpresa, os Picos Gémeos só tiveram tempo de agarrar na primeira câmera a que conseguiram jogar a mão (uma velhinha câmera vhs que suspeitam que já existia antes dos próprios terem nascido), e subir a bordo.
domingo, 4 de julho de 2010
sábado, 3 de julho de 2010
Justo
Brothers dos Black Keys é um daqueles raros discos que faz jus ao nome: tem montes de problemas, uns mais visíveis que outros; por vezes envolve-nos como um colete de forças, como se não lhe pudéssemos escapar; é demasiado longo, chegando a arrastar-se desnecessariamente em certos períodos; mas todo ele é alma, regada por plasma, glóbulos dos vermelhos, dos brancos, e plaquetas.
I'm waiting for my Mann
Ontem, em plena Av. de Roma, jogo a mão ao bolso traseiro de uns calções que ainda não tinha usado este ano e descubro dois bilhetes para uma sessão nocturna no Cinema Londres. Por entre os destroços desbotados, consegui descortinar o motivo: Inimigos Públicos. Como diz o outro, fora com as coincidências. Luck já vinha.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Departamento do éter
Reencontro-me agora com os Radio Dept. depois de lhes ter perdido o rasto pouco depois do primeiro disco, Lesser Matters, um prodigioso exercício de variação sobre a Soon dos My Bloody Valentine. É com agradável surpresa que descubro agora que durante este interregno (meu, compreenda-se, porque houve disco e uns EPs pelo meio), estes rapazes de Malmö foram juntando, à acima mencionada fórmula, doses generosas de Pet Shop Boys e New Order. Clinging To a Scheme, o terceiro longa duração lançado esta Primavera está com boa cara para rodar forte este Verão. Esse dubzinho etéreo aí em baixo, Never Follow Suit, é, para lá de qualquer dúvida, a melhor malha do mundo neste momento.
Parece fácil
Afinal, ao declarar o meu amor pelo Paraguai uns quantos postais atrás, juntei-me a um clube bem maior do que poderia imaginar. Ao que parece, a quase totalidade dos habitantes do globo são da albirroja desde niños e não consegue esperar pela hora em que a jovem Larissa possa dar pulos de alegria no calor de mais uma vitória.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
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