Quase tudo tem sido canções nos últimos tempos: a gravar, a ensaiar, a ver ao vivo, a filmar, a sacar, a tocar só por tocar. E os livros, com as suas lombadas contristadas e páginas descuradas, lentamente caindo nas garras do pó. É nestas alturas de transição, em que é preciso deixar as cantigas arrefecerem (mas muito subtilmente, que elas podem ser umas verdadeiras drama queens se se sentirem traídas), em que é preciso (voltar a) virar a página, que mais me lembro de Dylan Thomas, porque a obra que nos deixou, por mais voltas que se dê, é tanto um poema como uma canção.