quarta-feira, 17 de março de 2010

Jagjaguwar

Quando ouvia o novo Besnard Lakes, dei por mim a viajar no tempo, até há uns bons anos atrás, quando a Jagjaguwar irrompeu pela minha vida adentro, abrindo as brechas por onde viria a passar a devastação desses mesmos Besnard Lakes, o ecletismo roque ene role dos Oneida, os riffs gordos dos Black Mountain (ai, aquele primeiro disco), ou a versão rosa cósmica dessa montanha, com os Pink Mountaintops (demonstração de puro controlo aqui, ao não me alongar sobre o homem que partilha as suas conversas com Deus como se fosse um líder de um cartel colombiano), entre muitas outras coisas.
Parecia que estava destinada a salvar o mundo mas veio-se a verificar que o mundo afinal não precisava de ser salvo (ou não tinha salvação?, sinceramente, já não me lembro, mas em minha defesa, o mundo, quando quer, pode ser um gajo de humores). É um manto quente de conforto que me envolve, ao  reencontrar gente que ainda acredita que certas coisas, embora possam ser ditas de outra maneira, não precisam: The Besnard Lakes are The Roaring Night.