Diz-se que ali para os lados da Praça de Alegria, em certas noites de lua cheia, por entres os neons lustrosos e a memorabilia do nacional-cançonetismo de um cabaret, se pode ouvir uma estranha criatura deambulando pelas suas profundezas, de guitarra em punho, entoando canções que se dizem ter-lhe sido oferecidas pelo Diabo em pessoa.
Desta mística criatura, que o imaginário popular baptizou de "O Cão da Morte" pouco se sabe, tirando o facto de ser jovem, muito jovem (eternamente jovem até, dirão alguns), e que ao contrário dos rumores que por aí tem espalhado o Adolfo (o português sinistro, não o germânico destro), quando o seu bafo nos assenta no pescoço, a luz não fraqueja no horizonte, muito pelo contrário, resplandece, ganha amplitude e adquire os mais variados tons.
Os Picos Gémeos foram à sua procura numa noite chuvosa de Fevereiro.
Parte um da busca pode ser vista aqui.