Ao contrário de muitos, cuja rentrée é marcada por um regresso às aulas, a minha este ano é marcada por uma espécie de fim de aulas, chegado que é o tempo de pôr em prática os ensinamentos colhidos durante o mês e picos que passou desde as últimas palavras dactilografadas neste blogue. E tanto que aprendi.
Aprendi que sim, é possível apaixonarmos-nos, não por uma, não por duas, mas por três pessoas ao mesmo tempo. Aprendi que ler primeiro o argumento do Synecdoche, New York e ver depois o filme é um dos melhores workshops de guionismo jamais disponíveis. Aprendi que o trilho Biberkopf não cessará de chamar por mim, e que os artigos da Alexandra Lucas Coelho no Público sobre Berlim foram das melhores coisas que se puderam ler este Verão. Aprendi que há homens e mulheres épicos à solta pelo pavimento lisboeta. Aprendi que o onirismo em alta definição do Michael Mann é "a linguagem que vamos andar todos a imitar daqui a dois anos". Aprendi que o cosmos é uma ilusão mas que a confluência cósmica é tão real quanto nós a desejarmos. Aprendi que o último do Bill Callahan não só é um dos melhores discos deste ano, como andava negligenciado cá por casa há uns tempos valentes e que agora que finalmente o abraçei não consigo desgrudar mais. Aprendi que há pilosidades eriçáveis em zonas do meu corpo que eu desconhecia, cortesia de um dueto televisivo entre a Dina e a Lena d'Água. Aprendi a relativizar a catalogação de pseudo-intelectual porque há quem seja catalogada/o de pseudo-hermafrodita. Aprendi que se não fosse o meo trocar-me as voltas poderia estar a seguir tranquilamente uma mistura perfeita de fumo, uísque e vestidos em balão, de seu nome Mad Men, que prova que mais do que o Elvis ou o Kurt são o Cheever e o Carver que estão vivinhos da silva. Aprendi que não faço parte da geração das amizades via net mas afinal faço, e porra, é um prazer. Aprendi, observando um grupo de rapazes em cima de um palco, que se há coisa que a música tem que ter sempre, é coragem, muita coragem. Aprendi que depressão pós-parto não é coisa exclusiva de mulheres de tornozelos inchados e seios volumosos.
Aprendi que sim, é possível apaixonarmos-nos, não por uma, não por duas, mas por três pessoas ao mesmo tempo. Aprendi que ler primeiro o argumento do Synecdoche, New York e ver depois o filme é um dos melhores workshops de guionismo jamais disponíveis. Aprendi que o trilho Biberkopf não cessará de chamar por mim, e que os artigos da Alexandra Lucas Coelho no Público sobre Berlim foram das melhores coisas que se puderam ler este Verão. Aprendi que há homens e mulheres épicos à solta pelo pavimento lisboeta. Aprendi que o onirismo em alta definição do Michael Mann é "a linguagem que vamos andar todos a imitar daqui a dois anos". Aprendi que o cosmos é uma ilusão mas que a confluência cósmica é tão real quanto nós a desejarmos. Aprendi que o último do Bill Callahan não só é um dos melhores discos deste ano, como andava negligenciado cá por casa há uns tempos valentes e que agora que finalmente o abraçei não consigo desgrudar mais. Aprendi que há pilosidades eriçáveis em zonas do meu corpo que eu desconhecia, cortesia de um dueto televisivo entre a Dina e a Lena d'Água. Aprendi a relativizar a catalogação de pseudo-intelectual porque há quem seja catalogada/o de pseudo-hermafrodita. Aprendi que se não fosse o meo trocar-me as voltas poderia estar a seguir tranquilamente uma mistura perfeita de fumo, uísque e vestidos em balão, de seu nome Mad Men, que prova que mais do que o Elvis ou o Kurt são o Cheever e o Carver que estão vivinhos da silva. Aprendi que não faço parte da geração das amizades via net mas afinal faço, e porra, é um prazer. Aprendi, observando um grupo de rapazes em cima de um palco, que se há coisa que a música tem que ter sempre, é coragem, muita coragem. Aprendi que depressão pós-parto não é coisa exclusiva de mulheres de tornozelos inchados e seios volumosos.