Diz o Ramos, e bem, que no meio desta catadupa de concertos sedutores, optar, e mais que isso, priorizar, é a palavra de ordem. É preciso manter a cabeça fria e saber inventar estoicidade onde ela não existe, porque, até à hora de abrirem as portas, a tentação não se deixa adormecer.
Curiosamente, um factor de peso na minha escolha dos concertos que não posso perder, é exactamente o mesmo que o ajuda a ele a encontrar algum conforto na decisão de os descartar: o facto de já ter visto as bandas anteriormente. No meu caso, falo dos Sonic Youth e dos Yo La Tengo, duas bandas com as quais contrai uma dívida eterna, por não ter dado a devida atenção aos concertos de ambos em 1998, a que assisti no Sudoeste (era puto e havia tantas coisas para experimentar, sendo a música só mais uma delas, e verdade seja dita, o facto dos Yo La Tengo terem passado basicamente o concerto inteiro de costas para o público, pouco ou nada cantando, também não deve ter ajudado). Escusado será dizer, que pouco tempo depois, quando descobri a sério as duas bandas, deu-se para aqui um nó qualquer que ainda não se desatou, e embora já tenha tido oportunidade de voltar a rever os Yo La Tengo, o meu calendário e o da juventude sónica manteve-se desencontrado até hoje (e seja como for, a dívida é eterna, como eu já disse e como os próprios sónicos fizeram questão de me relembrar no último disco).
O bilhete para os Yo La Tengo já cá canta há uns tempos mas é capaz de ser melhor despachar-me com o dos Sonic, antes que me lixe. Quanto aos Grizzly Bear, acho que vou optar pelo processo típico de auto-endrominanço, vou andar indeciso durante uns tempos, a matutar se hei-de ir ou não, e depois quando me derem a notícia de que já esgotou, fico muito desiludido (para aí durante meia-hora). Boas escolhas.
p.s. - embora de um campeonato diferente, quer a nível financeiro quer a nível da euforia gerada, o concerto dos Real Estate na ZDB é, obviamente, imperdível.
Curiosamente, um factor de peso na minha escolha dos concertos que não posso perder, é exactamente o mesmo que o ajuda a ele a encontrar algum conforto na decisão de os descartar: o facto de já ter visto as bandas anteriormente. No meu caso, falo dos Sonic Youth e dos Yo La Tengo, duas bandas com as quais contrai uma dívida eterna, por não ter dado a devida atenção aos concertos de ambos em 1998, a que assisti no Sudoeste (era puto e havia tantas coisas para experimentar, sendo a música só mais uma delas, e verdade seja dita, o facto dos Yo La Tengo terem passado basicamente o concerto inteiro de costas para o público, pouco ou nada cantando, também não deve ter ajudado). Escusado será dizer, que pouco tempo depois, quando descobri a sério as duas bandas, deu-se para aqui um nó qualquer que ainda não se desatou, e embora já tenha tido oportunidade de voltar a rever os Yo La Tengo, o meu calendário e o da juventude sónica manteve-se desencontrado até hoje (e seja como for, a dívida é eterna, como eu já disse e como os próprios sónicos fizeram questão de me relembrar no último disco).
O bilhete para os Yo La Tengo já cá canta há uns tempos mas é capaz de ser melhor despachar-me com o dos Sonic, antes que me lixe. Quanto aos Grizzly Bear, acho que vou optar pelo processo típico de auto-endrominanço, vou andar indeciso durante uns tempos, a matutar se hei-de ir ou não, e depois quando me derem a notícia de que já esgotou, fico muito desiludido (para aí durante meia-hora). Boas escolhas.
p.s. - embora de um campeonato diferente, quer a nível financeiro quer a nível da euforia gerada, o concerto dos Real Estate na ZDB é, obviamente, imperdível.