quinta-feira, 18 de junho de 2009

O tradicionalista

Há já uns tempitos que não faz parte da minha agenda a passeata pelo quintal do Sr. Calouste seguida de uma degustação intensa de ARTE. Assim mesmo, só com maiúsculas: ARTE. Dito com a mesma convicção com que se limpa o palato.
Mas se é para voltar, que seja em estilo. Dito e feito, que o Sr. Calouste não era para brincadeiras. O regresso será celebrado graças a uma daquelas raras oportunidades para os miúdos e graúdos de Lisboa verem, à distância de umas estações de metro, uma exposição abrangente dedicada a um pintor, cuja obra tem lugar reservado na história da pintura. Ainda para mais, do séc. XIX (que toda a gente sabe que foi um século do caraças para a pintura).
Henri Fantin-Latour de seu nome, um realista francês que pintou principalmente flores e grupos, muitas vezes representando-se a si próprio e aos seus amigos, entre os quais se contava gente como Manet, Renoir, Baudelaire, mas que, ao contrário das suas companhias progressistas se manteve um tradicionalista até ao fim da sua vida. A partir de 26 de Junho.


Henri Fantin-Latour "Un atelier aux Batignolles" (1870)