A antiga arte da correspondência por carta encerra múltiplos e intrincados segredos para a geração da comunicação instantânea. Daí que, no calor do momento, se cometam excessos, como por exemplo, carregar no perfume. E eis como a mais bela carta, pela qual a cara-metade ansiosamente esperava, se transforma subitamente no veículo de uma prosa perduravelmente enjoativa. Como se escrita pelo punho de um jovem Voltaire aprisionado à conta do seu amor.