Não há-de ser o pior dos meses. Assim de repente, lembro-me de três ou quatro coisas: o regresso do fantástico Hirokazu Kore-eda (não aos filmes porque esse já aconteceu há três anos com Hana, embora não lhe tenhamos sequer sentido o cheiro por cá, mas sim às "salas de cinema portuguesas", ou seja, a uma sala do King) com Andando, a 8 de Outubro; os dentes ensanguentados a saltarem da boca de uma geração depois de encaixar um belo rotativo; continuar a maravilhar-me com o processo de desfolhação das árvores da minha rua; oportunidade de matar saudades e tomar o pulso ao cinema francês, na sua décima festa (entre outras coisas, há um Agnès Jaoui inédito por cá, para ver); continuar a contagem decrescente para voltar a ver os Black Lips. Embora esta última corra o sério risco de não se realizar, porque, segundo um rumor posto a circular por um leporídeo, a partir de hoje faltam 28 dias, 6 horas, 42 minutos e 12 segundos para o fim do mundo. Temos tempo.