Ainda não dei ouvido à séria ao último dos Arcade Fire, mas gosto tanto da capa como do título. São uma banda por quem comecei por ter uma paixão assolapada, via o tal mítico concerto em Paredes em 2003 (que a avaliar pelo que vou lendo e ouvindo, cresce de audiência todos os dias, e muito especialmente quando os canadianos lançam um disco novo - qualquer dia já não há bilhetes disponíveis), que foi lentamente dando lugar a um certo cansaço e enfado com tanto propósito épico e com o ter de haver quase sempre uma geração inteira a acompanhá-los nas suas frases de ordem até ao êxtase final. Não por acaso, das muito poucas vezes que ainda volto à discografia arcadiana é à procura do registo mais contido como em Crown of Love ou Ocean of Noise. Deste Suburbs oiço dizer que está menos grandiloquente, o que me parece boas notícias e também oiço, volta e meia, presumo que seja o single, uma grande linha de baixo a invadir as ondas hertzianas. Que continuam a ser um fenómeno não tenho dúvidas nenhumas. Não me lembro de uma banda que conseguisse com tanta convicção tornar-se tão igualmente uncool, de amar como de odiar.