A todos os que a mim se abraçam de olhos embargados na rua (os fãs nacionais), a todos os que me entopem a caixa de correio com desesperados pedidos de actualização (os fãs internacionais), a todos os que me incitam a não desistir da luta e me relembram o papel social de qualquer blogue gritando espectaculares frases de apoio (os amigos de esquerda), a todos os que compreendem que tudo tem um fim e não há almoços grátis (os amigos de direita), a todos os que me enchem a caixa de correio com bilhetes e notas românticas (na sua maioria mulheres), a todos os que têm obstruído a porta da minha casa com coroas de flores, velas, bilhetes de condolências e música do Elton John (gente que eu não conheço), a todos os que não têm paciência para mais que ler em diagonal se o postal tiver mais de cinco linhas mas que acham simpático que isto continue a existir (o meu irmão), a todos aqueles que não deixo de ler mesmo que não escreva (os amigos com mãos de fada), mas acima de tudo, a toda aquela maioria silenciosa que por aí se arrasta cabisbaixa, demasiado desanimada para sequer se manifestar, eu digo: Calma!
Até amanhã.
Até amanhã.