Mais que histórica, é uma consciência bélica a que por aqui se manifesta nestes dias banhados pelo sol primaveril. Por entre a saga d'As Benevolentes, já se atravessaram Seis Grandes Comandantes, de Theodore Ayrault Dodge e Quinze Batalhas Decisivas da Humanidade - De Maratona a Waterloo, de Edward Shepherd Creasy. E um outro, que versa sobre o modo como Churchill moldou o Médio Oriente em geral e o Iraque em particular, no pós-WWI, segue já em velocidade de cruzeiro. Isto para além de tudo o que é ficção ou documentário de contexto histórico que ouse passar à minha frente.
É a guerra, meus senhores. Porrada da grossa, mesmo. A história da dita, as estórias das ditas, as estratégias, as tácticas, a arte de manobrar milhares de homens com precisão euclidiana, as vitórias forjadas em desproporções hercúleas, o destino do Homem onde deve ser decidido, onde os impérios caem, onde os mitos nascem: no campo de batalha. Jonathan Littel oferece a uma personagem d'As Benevolentes a seguinte frase: "...a próstata e a guerra são dois dons que Deus deu ao homem para o compensar do facto de não ser mulher." Concedendo que o primeiro "dom" variará consoante a utilização que cada "abençoado" lhe der (embora desconfie que, por exemplo, um estratego militar maior da história da humanidade como Alexandre, o Grande, não o teria em pouca consideração), é o segundo, a guerra, que se afigura como a justa medida de equilíbrio nessa balança. De pouco servirá a criação, se não se aspirar à elevação.
Não é coisa pouca, a arte de guerrear, não senhor.
Não é coisa pouca, a arte de guerrear, não senhor.